A rosa púrpura do Cairo.


Como eu poderia explicar o filme sem usar o clichê "Woody quis usar o paralelo do real e o ficcional"?
Não tem como. O filme é simples assim, com essa explicação. E é essa leveza, simplicidade que engrandece um dos melhores filmes de Woody Allen(até ele mesmo diz).
A cada obra sua eu me encanto mais com o jeito de fazer cinema. Sempre com temas deliciosos, conflitos bem elaborados.





Quero deixar um paragrafo só pra registrar minha admiração por Mia Farrow. Foi em "O bebê de Rosemary" que comecei a sentir tal simpatia. Ela é maravilhosa e nesse filme não fica diferente.


"A rosa púrpura do Cairo" é uma metalinguagem. Um filme dentro de outro filme. Cecília é uma mulher tranquila que vive sua vida dura, pois trabalha em uma lanchonete onde diversas vezes leva bronca do patrão e pra não bastar, em casa tem de aturar a exploraçã ode seu marido alcóolatra. Apesar de tudo ela não deixa de ser doce. O cinema é seu refúgio, mesmo sozinha ela está sempre lá sentada na poltrona acompanhando todos os filmes. Ela fica tão vidrada no filme "a rosa púrpura do Cairo", que depois de assistir tantas vezes se vê diante do seu personagem favorito. Estranhamente Tom Baxter(Jeff Daniels) sai da tela do cinema e vai de encontro a Cecília. A partir daí se desenrola a trama.

Woody Allen consegue maravilhosamente equilibrar a gostosa comédia desse choque do real e ficção, com a doçura do amor que Cecília passa a viver. E a parceria de Gordon Willis, que deu seu show de fotografia também em "Manhattan".

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